21 de out. de 2013

FUTEBOL FEMININO DEBATIDO EM BRASÍLIA

RUMOS NO FUTEBOL FEMININO NO BRASIL FOI DEBATIDO EM BRASÍLIA

Mesmo com a seleção feminina de futebol sendo umas das melhores do mundo, a falta de investimentos nesta categoria ainda é visível, no Brasil. No intuito de debater formas de mudar esse quadro, a Comissão de Turismo e Desporto promoveu, nesta terça-feira (1), audiência pública com autoridades e especialistas. A reunião foi requerida pelo deputado José Stédile (PSB-RS) e comandada pelo presidente do colegiado, deputado Valadares Filho (PSB-SE).
"Não está havendo investimentos porque as federações tem dado prioridade ao futebol masculino e porque ainda não tem um respaldo popular”, afirma Stédile. O socialista lamentou o fato do esporte estar quase abandonado e lembrou que é possível promover a descoberta de várias jogadoras talentosas pelo País. “Quanto ao preconceito, ele sempre vai existir, mas eu acredito que, jogando cada vez mais, poderemos combater este comportamento”.
O deputado Romário (PSB-RJ) colocou em cheque o fato de a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) terceirizar o campeonato brasileiro da categoria, que acontece atualmente com 18 equipes. “Eu acredito definitivamente que, para dar certo no Brasil, o futebol feminino precisa ter uma confederação específica”, disse o ex-craque.


Em contrapartida, o ex-técnico da seleção feminina de futebol René Simões, acredita que a própria CBF é capaz de mudar esse quadro. “Esta entidade é quem pode definir o futuro do futebol feminino. O Brasil sofrerá uma pressão enorme para levar a medalha de ouro em 2016 e essa é nossa obrigação”, explicou René.
Para o secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte, Toninho Nascimento, o campeonato realizado hoje é um grande começo para dar início a uma nova era no esporte. “É melhor reclamarem do que foi feito e, assim, teremos a chance de melhorar, do que reclamar do que não foi feito”, completou.
Infelizmente, o preconceito da sociedade com as jogadoras também é um entrave, segundo os participantes da audiência, para o desenvolvimento do futebol feminino brasileiro. “Acredito que isso deve ser combatido já nas escolas”, opinou o supervisor do Departamento de Futebol Feminino da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ronaldo Santos.
Segundo Marcos Planela Barbosa, Coordenador Geral do Futebol Feminino do Esporte Clube Pelotas, as dificuldades de todas as equipes são enormes. Nenhuma delas tem recursos necessários para desenvolver um trabalho a altura do potencial e da dedicação de inúmeras de meninas e mulheres de norte a sul do Brasil."
PROJETO NA CÂMARA
Tramita na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara projeto de lei (PL 5307/13), do deputado José Stédile (PSB/RS), que destina 5¢ de qualquer investimento público em clubes de futebol masculino para o futebol feminino.
O relator da matéria, deputado Sérgio Zveiter (PSD/RJ), já aprovou o texto original. A proposta deve ser votada na semana que vem.
Att,
Marcos Planela Barbosa


E.C. Pelotas/Phoenix

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